Pódesnos facer unha valoración en volta da situación do software libre no Brasil?
No Brasil, iniciamos esta política nacional há já 5 anos e os resultados estão sendo muito bons. A estratégia do governo do presidente Lula é muito importante porque estabelece que todos os projetos de inclusão digital devem ser feitos exclusivamente com software livre: na área da educação, na área dos telecentros, e mesmo nos pontos de cultura impulsionados pelo anterior Ministro de Cultura, Gilberto Gil. O Brasil tem defendido, aliás, o software livre no cenário internacional através dos foros das Nações Unidas. Temos também a "Agenda do desenvolvimento", na que o Brasil, junto com a Argentina, está propondo rediscutir o papel da propriedade inteletual no marco da WIPO.
A maiores, temos uma comunidade muito numerosa, somos centenas de milhares de ativistas sociais, de hackers, de promotores do software livre. E somos o país com o maior vínculo à internet. Os nossos internautas são os que passam o maior número de horas conetados à internet, com 22 horas de média mensal. Essa participação ativa dos brasileiros na rede, junto com os ideais do software livre e da liberdade do conhecimento estão bastante consolidadas no nosso país.
Como se acada esta implicación por parte da sociedade?
Isto se consegue pouco a pouco. Mas o software livre avança a cada vez ue sai do âmbito puramente informático para entrar na área das ciências ociais ou dos juristas, por exemplo. Nestes âmbitos onde irrompe o oftware livre com as suas idéias é muito singelo que atinja um bom ucesso porque é muito simples contrastar as idéias de solidariedade e enerosidade que há no software livre com as idéias de egoísmo do oftware privativo. Creio que sempre que haja a possibilidade de xplicar que é o software livre teremos sucesso na sua difusão.
A túa experiencia tanto no Brasil coma en España permítenche ter unha visión máis global. Cal cres que é a situación no resto do mundo?
Penso que no Brasil e na Espanha são os dois países do mundo que estão onseguindo a maior audiência do software livre no espaço público. A azão é que na Espanha e no Brasil se fundiram os interesses técnicos os engenheiros de informática com os dos hackers autodidatas gerando ma visão particular do tema do software livre. É uma visão muito diferente à dos EUA, por exemplo, onde a questão do software livre é omente técnica e carece de implicação social e política. Igual sucede outros países do norte da Europa. Isto é, há uma comunidade técnica uito boa mas que não entrou no cenário político e, por essa razão, está em mais abaixo do que poderia estar. Creio que o grande sucesso na spanha e no Brasil é que o software livre, ademais de ser um tema ecnológico e técnico, também é um tema social e político.
Nese sentido, que importancia ten a lusofonia no eido do software libre?
Independentemente das origens da língua, o mas importante é essa unidade. Por exemplo, a comunidade do BrOffice.org, que é a comunidade brasileira do OpenOffice.org, tem ao seu líder trabalhando na Galícia. É evidente que há uma identidade muito grande entre a comunidade galega e a comunidade brasileira, e desde o primeiro momento, já quando se criou Mancomún, estávamos juntos neste projeto. Cada ano que passa há mais integração de ativistas do software livre do Brasil com os da comunidade de software livre da Galícia e isso é muito importante.
